É o único parque nacional do país e foi classificado como Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO. Abrange uma área de mais de 70.000 hectares espalhados pelo norte de Portugal, nomeadamente nos concelhos de Arcos de Valdevez, Montalegre, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Melgaço.
Criado pelo Decreto-Lei n.º 187/71, de 8 de maio, com o objetivo de “permitir o planeamento científico a longo prazo do meio ambiente da Peneda-Gerês, valorizando o homem e os recursos naturais existentes, com fins pedagógicos, turísticos e científicos”, o PNPG visa proteger uma vasta região montanhosa, mantendo uma rede de reservas ecológicas de elevado nível nacional e internacional.
O Parque Nacional engloba as serras do Gerês, Peneda e Amarela, todas com mais de 1500 metros de altitude e rodeadas de escarpas graníticas que tornam a paisagem única. A maior parte das serras foi humanizada, com vestígios de intervenção humana que remontam ao Neolítico. Atualmente, o território do Parque alberga 114 aldeias onde vivem pouco mais de 10.000 pessoas, sobretudo mulheres e idosos que se dedicam à agricultura, à pastorícia e à criação de gado.
O PNPG, sendo um prolongamento da cordilheira cantábrica (a maior cordilheira da Península Ibérica, à exceção dos Pirinéus), apresenta uma grande diversidade de relevo, com variações bruscas de altitude e, consequentemente, vales muito íngremes.
Característicos desta região são os bosques de carvalho-alvarinho e de carvalho-negral. Medronheiros, bétulas, gilbadeiras, azevinhos, bétulas e arandos são outros exemplos fortes da flora que se pode encontrar neste parque. No que diz respeito à fauna, destacam-se a cabra do Gerês, os garranos bravos, a marta, a salamandra lusitânica e o lobo ibérico, atualmente em risco de extinção.
Fonte: altominho.pt